Há uma grande diferença entre ser querido e ser tolerado. Entre estar presente por escolha e estar presente por conveniência. Quando dizemos “não quero estar na vida de ninguém por obrigaçãoâ€, estamos a posicionar-nos com coragem, diante do que é essencial: o amor genuÃno, o afeto verdadeiro e o reconhecimento mútuo.
Os relacionamentos - sejam de amizade, amor ou famÃlia - devem ser construÃdos com base no respeito, no desejo mútuo de estar junto, e não em cobranças ou deveres forçados. Quando precisamos explicar o nosso valor, ou convencer alguém a nos querer por perto, algo está errado. O amor, quando é verdadeiro, não precisa de justificativas. Ele, simplesmente, é.
Estar no lugar errado, onde não somos apreciados ou compreendidos, é uma forma silenciosa de nos abandonarmos. Não é orgulho, é dignidade, sair de onde não há reciprocidade. É um ato de amor-próprio, reconhecer que merecemos mais do que migalhas emocionais.
Portanto, que a nossa presença na vida dos outros seja escolha, e não obrigação. Que sejamos amados pela essência e não por esforço. E que, ao perceber que precisamos convencer alguém a nos amar, saibamos que esse não é o nosso lugar.
Helena Sacadura Cabral . "Não quero estar na vida de alguém por obrigação".